A Procuradoria-Geral da República (PGR) manteve a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 33 indivíduos, entre eles militares e aliados, acusados de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A PGR refutou os argumentos apresentados pela defesa, que pediu a ampliação do prazo para apresentação de sua defesa e classificou as acusações como “ineptas”. A denúncia segue em análise no Supremo Tribunal Federal (STF).
A defesa de Bolsonaro alegou indignação com as acusações e afirmou que o ex-presidente “jamais compactuou” com qualquer tentativa de subversão da ordem democrática. No entanto, tanto o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso, quanto a PGR, negaram o pedido para ampliar o prazo para a defesa, que seria de 83 dias, considerando que a investigação já está em andamento desde 2022.
A denúncia da PGR aponta que Bolsonaro, com o apoio de seus aliados, teria tentado subverter o resultado das eleições, um fato investigado por várias instâncias. Entre os denunciados, estão 24 militares, que, segundo as investigações, teriam se envolvido diretamente nos atos antidemocráticos. A PGR sustenta que não há base legal para os pedidos da defesa e segue com as acusações.
A decisão da PGR marca um novo capítulo no processo, que pode ter desdobramentos importantes para a política e para a ordem democrática no Brasil. Bolsonaro e seus defensores continuam a negar qualquer envolvimento nas ações descritas na denúncia, e o caso agora aguarda os próximos passos do Judiciário.